Por: Tribuna de ACOPIARA
Pessoas perderão até uma década de vida por causa do excesso de emissões de poluentes na Europa, segundo estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
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CEO da Volkswagen, Matthias Mueller, participa de conferência em junho de 2016 (Foto: REUTERS/Fabian Bimmer) |
As emissões dos carros Volkswagen vendidos na Alemanha entre 2008 e 2015 e que foram adulterados para parecer menos poluentes causarão 1.200 mortes prematuras na Europa, divulgou um estudo nesta sexta-feira (3).
"Os pesquisadores acreditam que 1.200 pessoas na Europa morrerão de forma prematura, perdendo até uma década de vida, como resultado do excesso de emissões geradas", indicou o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que participou no estudo.
Destas mortes, 500 ocorrerão na Alemanha e as demais nos países vizinhos como Polônia, França e República Tcheca, segundo o estudo publicado na revista Environmental Research Letters.
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Fábrica da Volkswagen, em Wolfsburg, na Alemanha, em imagem de arquivo de 2015 (Foto: REUTERS/Carl Recine/File Photo) |
A mesma equipe de pesquisadores avaliou anteriormente que o excesso de emissões dos 482 mil carro adulterados da Volkswagen e vendidos nos Estados Unidos causariam 60 mortes prematuras.
O fabricante alemão admitiu em 2015 ter instalado um programa informático em 11 milhões de carros a diesel no mundo para falsear os resultados dos testes de emissões.
No Brasil, apenas a picape Amarok foi afetada, embora a empresa afirme que o software fraudulento não foi ativado por aqui.
Os pesquisadores analisaram o impacto sanitário de 2,6 milhões de unidades adulteradas e vendidas na Alemanha pela Volkswagen sob as marcas VW, Audi, Skoda e Seat.
"A poluição do ar é alheia a fronteiras, as ultrapassa diretamente", indicou o coautor do estudo, Steven Barrett, do MIT.
"Por isso, um carro na Alemanha pode ter impactos significativos nos países vizinhos, especialmente nas zonas densamente povoadas como o continente europeu".
Com a colaboração do G1.com