14/04/2020

Estudo com cloroquina no Brasil é interrompido após mortes de vários pacientes.

Por: Tribuna de ACOPIARA
Estudo realizado em Manaus foi interrompidos após a morte de 11 pacientes.


Um estudo brasileiro sobre o uso da cloroquina em pacientes com covid-19 foi interrompido depois que 11 deles morreram. O artigo, divulgado no último sábado (11) no medRxiv, um servidor online da área de saúde, ainda não foi revisado pela comunidade científica nem publicado em revistas especializadas. As informações são do The New York Times.

A pesquisa, que estava sendo realizada em Manaus (Amazonas), contava com a participação de 81 pessoas hospitalizadas com os sintomas da doença causada pelo novo coronavírus. Segundo a publicação, metade dos participantes recebeu uma dose de 450 mg do medicamento, duas vezes ao dia, por cinco dias, enquanto os demais tomariam uma dose superior a 600 mg por 10 dias.


Os pacientes tratados com a dose mais alta da cloroquina começaram a apresentar arritmia no coração após três dias de tratamento e no sexto dia, 11 deles morreram. A partir daí, o estudo foi interrompido imediatamente. Todos os participantes também receberam o antibiótico azitromicina, que está sendo usado em tratamentos nos Estados Unidos.

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Um dos autores do estudo, o infectologista Marcus Lacerda disse à publicação norte-americana que a alta dosagem recomendada por autoridades chinesas é “muito tóxica e mata mais pacientes”. Ele ressaltou ainda que não foi possível verificar se o medicamento é eficaz nos pacientes em estado grave devido ao número reduzido de pessoas usando a dose mais baixa, sendo necessários novos estudos para avaliar a sua utilização no início da doença.
 
OMS reforça cautela ao usar o medicamento
Em meio a muitos testes realizados em vários países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que ainda não há evidências empíricas de que a cloroquina possa ser usada no tratamento da covid-19.

Segundo o diretor de operações da OMS Michael Ryan, a agência aguarda os resultados para que possa recomendar oficialmente o remédio. Por enquanto, a substância é avaliada pela organização apenas como um potencial aliado no combate à doença.

Fontes:
The New York Times e UO
 
Com a colaboração do TecMundo

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