04/02/2017

Médicos que vazaram informações pessoais da Ex. Primeira Dama D. Marisa são afastados e devem responder processo


Os Médicos que vazaram informações médicas a respeito da saúde da D. Mariza que faleceu nesta terça-feira, serão investigados pelo conselho de medicina de SP e poderão ter seus registros caçados.


O Hospital Unimed de São Roque (SP) divulgou na noite desta sexta-feira (3) que o médico Richam Faissal Ellakkis, que atuava na unidade de saúde e  fez comentários antiéticos sobre o tratamento da ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva terá o contrato de trabalho rescindido. A esposa do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva teve a morte confirmada nesta sexta-feira (3) após 10 dias internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Hospital demite médico que fez comentários agressivos sobre Marisa (Foto: Divulgação/Unimed São Roque)

De acordo com o jornal O Globo, o neurocirurgião - que atuava no hospital do interior do estado - ironizou um dos procedimentos realizados em Marisa durante os dias em que ela estava internada, que foi o de provocar o fechamento de um vaso sanguíneo para diminuir o fluxo de sangue em determinado local. “Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela”, escreveu Ellakkis. A reportagem do G1 tenta contato com o médico, mas até agora ele não foi encontrado para comentar o caso.

Uma médica do Sírio Libanês já havia sido demitida por supostamente compartilhar dados sigilosos sobre o estado de saúde da ex-primeira dama em um grupo de WhatsApp horas depois dela ser internada. Neste mesmo grupo, o neurocirurgião que atuava no hospital de São Roque também fez comentários sobre o tratamento de Marisa e a conversa acabou divulgada na internet.

Diante da divulgação desta conversa, o hospital de São Roque afirma que está para desligar o médico. "A Unimed de São Roque repudia veementemente as declarações dos médicos citados nas reportagens que abordam o vazamento de informações sigilosas sobre o diagnóstico da ex-primeira dama", informou.

Dona Marisa Letícia morreu após dias internada em
SP (Foto: Leonardo Soares/Agência Estado)
Ainda de acordo com o comunicado oficial, o neurocirurgião não pertencia ao quadro de médicos cooperados, mas, na verdade, era um "médico terceirizado no hospital próprio desta cooperativa, por meio de contrato de prestação de serviços que está em vias de ser rescindido".

O hospital de São Roque ainda informou que as medidas relacionadas ao caso estão sendo apuradas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), conforme o Código de Ética Médica. Uma sindicância já foi instaurda pelo conselho para apurar a suposta divulgação de dados sigilosos da ex-primeira dama.

"A sindicância tramita em sigilo processual e, também, investigará supostas ofensas à ex-primeira-dama que teriam sido praticadas por médicos paulistas em redes sociais", diz o conselho. Ainda segundo o Cremesp, de acordo com o Código de Ética Médica, é vedado ao médico “permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade”.

Fonte: G1.com