Por: Tribuna de ACOPIARA
Acopiara é um município brasileiro do Estado do Ceará, localizado na Região Centro-Sul do Estado. É conhecida regionalmente com a cidade que promovia o melhor carnaval do interior cearense. Também é destque na culinária, conhecida por seus pastéis e pizzas. É a cidade natal do FETAC, Festival de Teatro que desde 1989 é destaque e tradição na cidade.
Acopiara é uma composição da língua tupi aco: roça, roçado, cultura; pi: de pina, limpar ou tratar; e ara: (prefixo que indica agente) que significa: aquele que cultiva a terra, o agricultor ou o lavrador. Sua denominação original era Lages, depois Afonso Pena e, desde 1943, Acopiara.
HISTÓRIA
Primitivamente sua vinculação geográfica tinha como subordinante o Distrito denominado de Vila Telha (Iguatu). Chamava-se Lages, designativo característico de sua formação geológica, envolvendo pedreiras, elevações irregulares e chãs ribeirinhas, compondo dessa forma pequenos nódulos de solos diversificados. Nesse complexo variado, estabeleceu-se como pioneiro o Alferes Antônio Vieira Pita, familiares e outros imigrantes, com assentamentos que datam da Segunda década do Século XVIII. O primeiro indício de posse consta de uma sesmaria,
concedida a um desses pioneiros pelo Capitão-Mor Salvador Alves da Silva, em data de 4 de julho de 1719. Nesse módulo e noutros posteriormente cedidos, situaram-se fazendas e edificaram-se moradias, formando a povoação cujo nome já foi descrito.
Evolução Política: Em regime patriarcalmente estabelecido e dentro das exceções determinadas pelas necessidades de movimentação rotineira, o agregamento inicial transformou-se em povoado, perdendo de sua originalidade as principais características. Quase duzentos anos se passaram, perdidos na lentidão do marasmático progresso, até que no início do Século XX, o bafejo renovador das transformações sociais proporcionou impulsos mais alentadores. Surgiu a Ferrovia Fortaleza-Crato. A povoação de Lages, até então adormecidas, recebeu como prêmio a sua Estação Ferroviária, mantendo o locativo inicial (10 de julho de 1919).
A contar de então, Lages tomou novos rumos e partiu para a sua emancipação já nos padrões urbanos dos quais resultaria a consecução desse objetivo. O seu desmembramento, na qualidade de Distrito até então vinculado ao Iguatu, deu-se consoante Lei nº 1.875, de 23 de
Fundada em 28 de setembro de 1921, instalando-se a Vila em data de 14 de janeiro de 1922. Em 1923, consoante Decreto nº 1.156, Lages passou à denominação de Afonso Pena, homenagem que se prestava a um dos Presidentes brasileiros. Sua elevação à categoria de Cidade ocorreu segundo Decreto nº 448, de 20 de dezembro de 1938, tendo sido seu primeiro Prefeito Celso de Oliveira Castro.
RELIGIÃO: Embora se saiba que nenhum Município cearense e quiçá brasileiro se tenha formado sem precedentes eclesiais, Acopiara se nos apresenta como exceção ou, pelo menos, a esses registros não tivemos acesso. Acreditamos ter apanhado o trem em marcha, posto a 12 de outubro de 1921, institui-se oficialmente a Freguesia, tendo como padroeira Nossa Senhora do Socorro. A Igreja-Matriz, já em perfil modernizado teve como fundador Monsenhor José Coelho da Rocha e como seu primeiro vigário o padre Leopoldo Rolim.
O FETAC: O Festival de Teatro de Acopiara teve início no ano de 1989, com a realização de mostra de espetáculos teatrais de grupos de Acopiara. A partir da quinta edição, o FETAC passou a ser regional e em seguida interiorano, sendo o grande motivador de grupos e artistas teatrais, promovendo a articulação, mobilização, potencialização e fomento do teatro do interior cearense.
O Festival de Teatro de Acopiara é hoje um importante patrimônio cultural do Ceará, já foram realizadas 21 edições consecutivas. É um festival exclusivo do interior cearense, sendo responsável pela articulação e fortalecimento do movimento teatral do interior do Ceará. Muitos são os grupos que nasceram no FETAC e continuam produzindo a partir da participação no festival.
O teatro do interior cearense necessita de espaços e eventos que favoreçam a circulação dos espetáculos produzidos, bem como o incentivo à produção. Por falta de mecanismos de formação, articulação e, sobretudo de subsistência, o teatro do interior do Ceará, é essencialmente “amador”, no sentido de não haver uma sistemática profissional, sendo um teatro feito na maioria por jovens. Poucos são os grupos que resistem e conseguem manter-se produzindo e apresentando seus trabalhos artísticos. Nos seus 22 anos, O FETAC tem cumprido papel importante de garantir espaço para os grupos teatrais do interior do Ceará, promoverem a articulação e o debate sobre o fazer teatral, no tocante à qualidade dos trabalhos, a formação técnica, as políticas públicas, a articulação e organização de um movimento, que venham buscar mecanismos de incentivo e subsistência dos fazedores de teatro.
Clima:
Tropical quente semiárido com pluviometria média de 754,3 mm com chuvas concentradas de janeiro a abril.
Hidrográfica e Recursos Hídricos:
As principais fontes de água são o rio Trussu, riachos Quicoê, Carrapateiro, Madeira, Cunhapoti, Meru e Ererê.
Relevo e Solos:
As principais elevações são as Serras do Maia e do Flamengo.
Subdivisão
O município tem onze distritos: Acopiara (sede), Barra do Ingá, Ebron, Isidoro, Quincoê, Santa Felícia, Santo Antônio, São Paulinho,Calabaço, Solidão e Trussu.
Vegetação
Composta por caatinga arbustiva aberta e floresta caducifólia espinhosa.
População
Formação Administrativa
antes de 1900 - Apesar de não existir evidências documentais, oralmente a hoje Acopiara era conhecida, ainda quando povoado, pela alcunha de Lajes, isso em referencia aos lajedos de pedras facilmente encontrados nessa região.
1900 - É do ano de 1900 que datam os primeiros documentos históricos. É dessa época também que consta a mudança de nome; o povoado de Lajes passa a chamar-se de Afonso Pena, porem ainda com o status de povoado e submisso ao município de Telha, hoje Iguatu.
1905 - Ainda com status de povoado, Afonso Penas já figura como vilarejo e começa a tomar forma de vila e/ou distrito.
1900 - É do ano de 1900 que datam os primeiros documentos históricos. É dessa época também que consta a mudança de nome; o povoado de Lajes passa a chamar-se de Afonso Pena, porem ainda com o status de povoado e submisso ao município de Telha, hoje Iguatu.
1905 - Ainda com status de povoado, Afonso Penas já figura como vilarejo e começa a tomar forma de vila e/ou distrito.
1908 - Por força do Ato Provincial de 17-06-1908, o antigo povoado passa finalmente a ser Distrito, mantendo a denominação de Afonso Pena e, subordinado ao município de Iguatu.
1915 - Ainda pertencendo ao município de Iguatu, o Distrito de Afonso Pena cresce e começa a tomar contornos de cidade. Devido às distancias, torna-se evidente a necessidade de emancipação.
1921 - Afonso Pena emancipa-se de Iguatu e por força da Lei Estadual nº 1875 de 28-09-1921 é elevada à categoria de Cidade. Sua sede passa a ser no antigo distrito de Afonso Pena (ex-Lajes) e herdou do desmembramento os distrito de Bom sucesso que também pertencia a Iguatu.
1931 - Pelo decreto estadual nº 193, de 20-01-1931, o município de Afonso Pena passa a denominar-se de Lajes.
1933 - Pelo decreto estadual nº 1156, de 04-12-1933, o município de Lajes voltou a denominar-se Afonso Pena. Em divisão administrativa referente a esse meso ano, o município aparece constituído de três distritos: Afonso Pena (sede), Bom Sucesso e São José e assim permanece em divisões territoriais até 1937.
1938 - Pelo decreto estadual nº 448, de 20-12-1938, o distrito de Bom Sucesso passou a chamar-se Trussú e São José tomou o nome de Quincoê.
1943 - Pelo decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943, o município de Afonso Pena passa a chamar-se Acopiara. Ainda pelo referido decreto-lei é criado o distrito de Isidoro
1950 - Em divisão territorial datada de 01-07-1950, o município é constituído de quatro distritos: Acopiara (sede), Isidoro, Quincoê e Trussú. Assim permecendo em divisão territorial datada de até 1962.
1963 - Pela lei estadual nº 6378, de 02-07-1963, é desmembrado do município de Acopiara o distrito de Trussú que é elevado à categoria de município com a denominação de Bom Sucesso de Trussú.
1963 - Pela lei estadual nº 6973, de 19-12-1963, é desmembrado do município de Acopiara o distrito de Isidoro. que é elevado à categoria de município.
1963 - Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município de Acopiara passa a ser constituído de 2 distritos: Acopiara (sede) e Quincoê.
1964 - Pela lei estadual nº 7153, de 14-01-1964, foram criados os distritos de Ebron, Santa
Felícia e Santo Antônio e anexados aos municípios de Acopiara.
1965 - Pela lei estadual nº 8339, de 14-12-1965, os municípios de Bom Sucesso de Trussu e Isidoro foram extinto, pois apesar de criados, nunca foram instalados. Seus territórios foram anexados ao município de Acopiara e voltaram assim à categoria de distritos administrativos de Acopiara.
1968 - Em divisão territorial datada de 31-12-1968, o município de Acopiara é constituído de 7 distritos: Acopiara, Ebron, Isidoro, Quincoê, Santa Felícia, Santo Antônio e Trussu.
Assim permanecendo até 1993.
1993 - Pela lei municipal nº 927, de 19-04-1993, é criado o distrito de Barra do Ingá e anexo ao município de Acopiara.
1998 - Por força das leis municipal nº 1079 e 1080, ambas de 23-11-1998, foram criados respectivamente os distritos de Solidão e São Paulinho e anexados ao município de Acopiara.
2003 - Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de 10 distritos:
Acopiara (sede), Barra do Ingá, Ebron, Isidoro, Quincoê, Santa Felícia, Santo Antônio, São Paulino, Solidão e Trussu. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
2017 - Atualmente o Município de Acopiara possui onze distritos: Acopiara (sede), Barra do Ingá, Calabasso, Ebron, Isidoro, Quincoê, Santa Felícia, Santo Antônio, São Paulino, Solidão e Trussu.
Fonte: Com informações do IBGE.