Por: Tribuna de ACOPIARA
Dano afeta agronegócio e a paisagem característica do estado. Especialista acredita que saída é investir em irrigação.
O mar azul e os coqueirais formam um visual de encantar os olhos por quem passa pelo litoral de Alagoas. Em Coruripe, este cenário está mudando e não é tão belo quanto antes. Por causa da longa estiagem, muitos coqueiros estão morrendo, deixando os produtores no prejuízo.
Atualmente o chão alagoano possui entre 10 e 12 mil hectares de coqueiros, mas a área já ultrapassou os 25 mil.
Segundo os especialistas, os primeiros sintomas da morte do coqueiro são quando as palhas começam a quebrar. Se isso acontece, não há mais salvação e o jeito é cortar o tronco da planta.
Quem sobrevive da produção, lamenta os prejuízos e o cenário, já que a propriedade aos poucos vai virando um cemitério de coqueiros.
"Pelo que a gente tem visto no Litoral Sul, eu acredito que cerca de 30% do coqueiral tenha morrido. Isso é um número bastante expressivo e o que não morreu teve queda substancial na produção. Então, vamos ter carência no produto durante muito tempo. Quem vive exclusivamente do coco fica sem renda", disse o produtor da PROCOCO, Bruno Brandão.
É o caso do seu Celso Severiano. Ele conta que em relação ao ano passado, ele viu a sua produção cair de 4,5 mil cocos para 3 mil frutos. “Não tem produção. Acho que só daqui a 1 ano e meio. Como vai viver um produtor pequeno e médio?", lamenta.
Representantes da Associação dos Produtores de Coco de Alagoas e a Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri) visitaram algumas plantações no estado.
De acordo com ambos os órgãos, Alagoas a seca está prejudicando ainda mais a atividade que já vem sofrendo desde 2010 devido a indústria dar preferência à compra do coco importado.
Para o superintendente de desenvolvimento agropecuário da Seagri, Hibernon Cavalcante, a saída para o setor é a pesquisa e investir na irrigação, no caso dos produtores que têm condições financeiras.
"Uma região como essa, nessa plataforma, tem aqui próximo um manancial de subsolo muito importante, poços de alta vazão que podem ser explorados. A gente acredita que em uma renoção de um coqueiral como esse, o produtor não só escolha uma boa muda, mas que ele pense que essa cultura nova tem que ser irrigada", disse o superintendente.
Com a colaboração do G1.com
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