06/05/2017

Mesmo seco, açude em Banabuiú ainda abastece a população.

Por: Tribuna de ACOPIARA

Com apenas 0,73% de sua capacidade, o açude ainda abastece as pessoas através de carros pipas e animais.


Mesmo com apenas 0,73% da sua capacidade, o Açude Arrojado Lisboa (Banabuiú) ainda tem água o suficiente para abastecer a população urbana desta cidade do Centro do Estado. Segundo José Ariston Queiroz, funcionário do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), administrador do terceiro maior reservatório público do Ceará - os outros dois São o Castanhão e o Orós - está atualmente com 9,6 milhões de m³.

Pelos cálculos do administrador, se não acumular água nos meses de maio e junho, quando ainda há perspectiva de chuvas na região, o volume hídrico atual poderá garantir água para os moradores da sede por dois anos. Essa situação já ocorreu em 2001, quando o nível da água chegou a ser praticamente o mesmo. O Arrojado Lisboa tem capacidade para 1,6 bilhões de m³.


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Sobre o abastecimento da cidade, o diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Raimundo Nobre Lopes, conhecido como Bento, informou que a água está chegando às torneiras a cada 24h intercaladas, mas não se trata de racionamento, embora o governo municipal já esteja planejando uma campanha de uso consciente da água.

O Açude Vieirão está seco. Mesmo assim a o SAAE capta água do subsolo.

Conforme Bento o problema atual não é a falta d'água, mas o sistema de abastecimento obsoleto do SAAE. O Serviço começou a funcionar na sede de Banabuiú há 26 anos. Atendia pouco mais de mil unidades de consumo. Hoje, esses números são mais que o dobro, 3.400 e a cidade ainda conta com uma indústria de grande porte, a metalúrgica Libra. "A Prefeitura já elaborou um projeto de expansão. Em breve estará sendo executado", acrescentou.

Mesmo assim o gestor do SAAE pretende desenvolver campanhas junto à população pelo uso consciente da água. "A nossa preocupação vai começar se o nível do açude se reduzir ainda mais. A água precisará de mais tratamento para ser distribuída à população. Esse tratamento vai elevar os custos do serviço, aumentando o preço do metro cúbico. Hoje, cada unidade paga R$ 15 por 10 mil m³", completou. (A.P.)

Com a colaboração do Diário do Nordeste

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